UMA IGREJA-POVO

29 de Setembro de 2013, Domingo

Na tarde de domingo, 29, animámos, eu e o Bispo, uma tarde inteira de formação de 30 catequistas das 12 comunidades da paróquia de S.Vicente, afinando a temática pelo mesmo diapasão conciliar.

Catequistas: ministros participantes da tarefa do Bispo de ENSINAR e ANUNCIAR O EVANGELHO.
Foi hospedeira do encontro a comunidade de S.Pedro que, no final, nos serviria um saboroso lanchinho em que não faltou a mureia frita, o cuscus e outros bolinmhos/biscoitos.


Nota muito desagradável e, para mim, surpreendente, porque ainda me não confrontara com tal coisa: a bossalidade também começa a mostrar-se nestas ilhas pacatas de morna e morabeza. Um vizinho perturbaria o nosso sossego com uma aparelhagem aos berros. Nem sequer era para atrair negócio. Simplesmente exibir-se. Tão mal educado e sem modos que não deu atenção nem aos apelos dos cristãos locais, nem depois aos meus e aos do bispo. Baixou por alguns instantes com a minha abordagem, e, passados us 15 m voltou a atordoar-nos. E assim tivemos de trabalhar durante mais 1 hora. Caso de polícia? Não só! De cultura!

Como propalou o meu amigo P.Batalha, o Vaticano II foi um autêntico furacão para um Novo Pentecostes tornando a Igreja mais apta à sua missão: anunciar Jesus Cristo, única esperança da salvação da Humanidade!

Uma Igreja-Povo, rede de pequenas comunidades ministeriais onde cada pessoa encontre e desempenhe, em corresponsabilidade, o seu papel e a sua missão; onde os pastores mais responsáveis – padres e bispos – saibam fomentar a participação corresponsável de todos e de cada um, eis o retrato da Igreja que o Papa Francisco intenta ao utilizar a metáfora tão expressiva do “cheiro do rebanho”. Esta tem sido a minha apaixonante experiência de cristão, de cidadão e de padre em Nampula, há 45 anos, sendo que, de 1968 a 2001, foi sob a liderança sempre desafiante à criatividade do Bispo Manuel Vieira Pinto.

O meu trabalho não tem sido mais do que uma partilha desta experiência. Como material de suporte didáctico tenho utilizado o excelente material produzido pelo Lumko Institut da Conferência dos Bispos da África do Sul de que, logo que o tempo mo permita, vos deixarei aqui algumas imagens.