18 de Setembro de 2013, quarta
Passo a passo, vou reexperienciando o misterioso encanto de uma terra que começou a ter gente em tempo conhecido. De ilhas deserta – já desertificadas, não sei! – começaram a abrigar e a guardar gentes de outras paragens várias, de Portugal e mais Europa, à África, em geral, especialmente das colónias africanas portuguesas, e, pelas vicissitudes do Império, também da longínqua Goa/Índia.
Caldeou-se uma terra e um povo que, acabam de me contar com graça os filhos desta terra descoberta e inventada, surgiu neste imenso oceano quando Deus, no fim do trabalho criador de 6 dias, e antes de descansar, sacudiu as mãos e disse “vamos ver o que sai daqui”. Saíram, do mar, as ilhas a que os descobridores portugueses chamariam de “Cabo Verde”, hoje, afinal, mais castanho do que viçoso!
Cada canto tem o seu encanto. Ontem, antes de rumar para S.Vicente, fui brindado com uma visita aos encantos da Pedra de Lume, onde está patente a história do negócio do sal. Nas fotos: 1- a encantadora bacia das salinas (numa antiga cratera de vulcão, abaixo do nível do mar, que deixou os filões naturais de comunicação para a água); 2- restos do que foi o teleférico que, em tempos idos, carreava o sal para os barcos que o levariam aos 4 cantos do mundo.
