O Visionário de Nampula




O lançamento do livro 

MANUEL VIEIRA PINTO
 O VISIONÁRIO DE NAMPULA
  
no Instituto Camões - Centro Cultural Português, na Embaixada de Portugal, no Maputo, 
foi bem para lá das minhas expectativas.



 Depois de receber das Irmãs Paulinas (Lisboa) a notícia de que o livro acabava de ser entregue pela tipografia, nos meados de Março, estava bem longe de imaginar que antes de um mês depois pudéssemos proceder ao lançamento no Maputo.

Programado quase sobre o joelho depois de ter conseguido que uns amigos me trouxessem alguns exemplares de Lisboa, no dia 2 de Abril, tudo parece ter sido a concretização do aforismo “O Homem põe e Deus dispõe”.
 
O êxito alcançado só foi possível porque Deus mexeu bem os corações de todos os incontornáveis intervenientes:

A Embaixada de Portugal, pela pronta generosidade da Ministra Conselheira,Drª Indira Noronha e da Adida Culural, Drª Alexandra Pinho (na foto ao lado).

A amabilidade foi tanta que até se dispuseram a reabrir a galeria que acabava de sair de obras, antes do tempo previsto. 

Foi bem um implícito gesto de muito respeito pela figura incontornável do homenageado, Arcebispo Manuel Vieira Pinto, português missionário nestas paragens do Índico, de envergadura inestimável, semeado no coração do povo moçambicano;



O Arcebispo do Maputo, frei Francisco Chimoio, que na sua simplicidade franciscana e capuchinha, na multiplicidade dos seus afazeres de pastor, arranjou tempo para, simultaneamente, presidir à Conferência Episcopal de Moçambique (CEM), reunida na Beira nos dias da Páscoa do saudoso Arcebispo Jaime Gonçalves, ler o nosso livro e honrar-nos com a sua presença e intervenção;


O Núncio Apostólico, Edgar Peña Parra, que me surpreendeu com a prontidão com que aceitou o meu convite e acabou por deslumbrar a assistência com uma brilhante intervenção de subido nível académico, enquadrando a figura do Arcebispo Manuel Vieira Pinto num dilatado conceito de catolicidade, bem mais denso do que a simples universalidade da Igreja;

As Irmãs Paulinas, com destaque para a histórica Irmã Maria de Carli, mais do que antiga combatente da Missão, digna militante das causas da liberdade e da Paz e que sendo expulsa pelo governo colonial, precedeu o Bispo Manuel nesta provação de amor ao Povo moçambicano.




Ida Alvarinho e Ministro da Cultura

Uma numerosa afluência de pessoas de variados quadrantes para lá dos muitos amigos e amigas, missionários/as e não só, incluindo a distinta presença do Ministro da Cultura, Silva Dunduro. De entre estas, há que salientar a Ida Alvarinho que, pela perpspicaz intervenção sobre a obra, deixou bem patente quanto o Bispo Manuel foi destilando de bem, de esperança e de dinamismo evangelizador e profético na sociedade moçambicana. Ela é um fruto desse labor cristão.


Congratulo-me com a presença de todos e de todas. Mas fico particularmente satisfeito por ter feito a experiência bem concreta de que este livro valeu bem a pena ser confeccionado. 

Primeira prova: o Bispo Luiz Lisboa que no prefácio exprime o desejo de que ele seja “um aperitivo para despertar o apetite para “comer” toda a herança teológica, pastoral e espiritual deste valente e destemido cristão”. 

Segunda prova, o Núncio Apostólico que, em conversas posteriores, me confidenciou ter percebido neste livro não só a gigantesca estatura do Arcebispo Manuel mas, sobretudo, que se tratava de “um Homem livre”

Estou certo ter tido uma boa intuição ao dispor-me a trazer à ribalta mediática, tão fecunda fonte de humanismo e de amor de Deus derramado no Mundo!





O texto que o Mia Couto nos deixou por se encontrar fora de Moçambique neste momento, aqui apresentado pelo seu irmão Fernando, exprime-nos também a verdade desta minha convicção (ver página anexa - O que um homem é)