21 de Novembro - Festa de Santa Cecília - Padroeira dos músicos
Como prometi em post anterior, aqui estou a deixar partilha da minha visita.
Como prometi em post anterior, aqui estou a deixar partilha da minha visita.
Desde sempre – e já levo 46 anos neste país! – desejei pisar
o chão da Ilha do Ibo.
A minha primeira vista ao chegar |
No
último dia de 2013 despedi-me do Bispo Luiz Fernando, na sua casa em Pemba,
quando ele se dirigia a caminho do meu mito... Jurei que não passaria um ano
sem lá ir. Ele aceitou a minha proposta de permanência de 2 domingos, para ter
oportunidade de uma penetração mais estreita e pastoralmente mais proveitosa
com a comunidade cristã local.
Cheguei ao bairro de Tanganhane, do distrito costeiro de
Quisanga na 6ª feira, dia 24 de Out 2014.
Espantosa travessia do continenteà Ilha. |
Desconhecia em absoluto as condições
de acesso à Ilha. Supunha que haveria ao menos batelão para fazer passar o
carro. Mas não era o caso. O carro deevria ficar e as pessoas embarcam em pequenos barcos a motor.
Por celular, consegui identificar e beneficiar,
naquele local, do apoio de embarque do jovem casal catalão – Guilherme e
Beatriz
Guilherme e Beatriz |
Este casal é um militate casal católico profundamente
empenhado ao qual se deve alguma iniciativa pastoral entre a reduzida comunidade
católica da Ilha do Ibo. Os poucos católicos (uma centena?) são todos
“vientes”, funcionários públicos. A gente local é totalmente muçulmana e
profundamente desconfiada em relação aos católicos... Factores antigos de
identificação com o colonialismo? Alguém me aventou tal razão. Mas pode haver
outras até mais recentes.
De facto pude verificar, com profunda surpresa, como ali não
há nenhuma comunidade cristã que possa parecer-se com o que é habitual entre
nós desde a independência deste país: pequenas comunidades cristãs, algumas
profundamente autónomas e capazes de prover ao seu próprio serviço, incluindo a
liturgia não apenas dominical. Ali aconteceu-me, pela primeira vez em
Moçambique, não encontrar uma comunidade cristã católica, local, com um mínimo
de organização interna. Que desafio! Certamente que uma presença da
espiritualidade do Padre Foucauld (morto entre os Touaregs do Magreb) poderá
ser a presença de fermento evangélico capaz de ajudar a dar alguma consistência
a um grupo tão disperso.
Um mundo a desafiar-nos!