DE VOLTA A CABO VERDE

15 de Setembro de 2013, domingo

Acabo de chegar a Cabo Verde. É a minha 3ª visita a esta terra que tanto mexe comigo. A austeridade, a dureza da sua paisagem é uma pergunta permanente: como surge e vive aqui um povo de homensmulheres? Que quer dizer caboverdeanidade? 

Aproveitando a amizade do Bispo Ildo Fortes, do Mindelo, artista consumado no canto mais típico destas ilhas – a morna – venho, mais uma vez, como peregrino. Como há 45 anos chegando a
Moçambique como jovem missionário, também agora me move o ímpeto de querer partilhar e confrontar o meu sentir cristão – e agora, padre – com a Igreja que há 500 anos vem nascendo nestas paragens.

Mesmo sem o ter programado expressamente, tive logo a sorte de vir iniciar a minha estadia de 20 dias, pela Ilha do Sal onde o bispo veio dar posse ao jovem e novo pároco, P.Adriano Batista, no contexto da popular Festa de Nossa Senhora das Dores, padroeira da paróquia local, em que o mais espetacular foi a Procissão pelo Mar.